Acordei sem a menor disposição, típica segunda-feira. Preparei minhas coisas e desci pra almoçar. Obviamente não resisti e cedi à tentação que estava na minha cabeça há dias: "perrito caliente con cebolla caramelizada". E o melhor, descobri que no Nebraska também vendem o "limón granizado", igual àquele que tomei em Toledo, como um frozen de limão! Melhor coisa do mundo! [Já disse que AMO limão? E olha que amar não é pouco, hein? Sou muito sincera: EU AMO LIMÃO!] Comi feliz! Voltei à escola e no caminho encontrei a Irina, que me convidou pra ir com ela até um "outlet" de sapatos, na zona sul de Madrid. Eu bem queria ir, ainda mais que ela me disse que é uma região interessante, que parte do metrô sai do subterrâneo, etc., mas sou muito responsável e optei pela aula. (Até porque hoje foi o primeiro dia no novo nível!)
Na minha turma, a Aurelie, a francesa, foi embora. Ficamos então: eu, as duas outras brasileiras -Mariana e Sabrina, a Francesca, que é italiana, a Gisela, que é sueca e a Fárida, que é marroquina. Além disso, chegaram 2 'chinos', uma menina e um menino. Falam bastante bem, o que contribui pra que minha preguiça de orientais no setor acadêmico diminua. Não sei o nome deles e desconfio que nunca saberei. A aula correu bem, tudo é bastante parecido com o nível anterior. Tenho umas tarefas a fazer e tudo mais, mas nada além disso. Queria muito ter ficado pra aula de cultura, que hoje foi sobre Picasso, mas não pude. Estava morta de sede e não tinha garrafinha, e, além disso, não tinha moedas pra comprar uma nova na máquina de bebidas. [Outra coisa que eu adoro: as garrafinhas de água daqui. Lindas...]. Então, resolvi voltar pra casa e acabei vendo um filmezinho antes do jantar. Comemos e voltei ao quarto.
Hoje estou numa fase de revisitar o passado. Andei lendo coisas escritas por mim [e por outras pessoas] de pouquíssimo tempo atrás e mal me reconheço. Não só pela viagem, mas nos últimos meses, sou outra pessoa. Assumi muitos desejos com os quais convivo há anos. Estou mais segura do que gosto e desgosto. Estou mais segura, inclusive, em fazer o que quero e jogar a opinião alheia onde ela merece estar: no lixo. Digo isso com muita propriedade: as pessoas cujos pitacos são válidos na minha vida sabem disso [eu espero que saibam]! É óbvio que não desdenho do que dizem os outros, mas esse ano aprendi uma coisa com uma pessoa muito especial [que, essa sim, tenho certeza que sabe quem é]: eu preciso ser eu mesma pra ser feliz. E é assim que estou levando. Desde antes de vir e principalmente aqui... sou o que sou, faço o que quero e gosto do que gosto. O que as pessoas pensam de mim não é problema meu. Mais um ponto positivo dessa viagem [que é interior também!]!
Hoje me despeço. Vou fazer minhas tarefas, ler alguma coisa, decidir outras. Vou ser feliz! :)
Boa noite!
Boa noite!
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