Acordei tarde e resolvi, um pouco indignada com a vida, que queria ter um almoço decente. Por isso liguei a tecla F (foda-se) e matei a conversação pra almoçar no chinês, de novo! Lá é bom demais! E o bom de almoçar sozinha é que dá pra pensar bastante. Às vezes, dá até pra por a cabeça no lugar. Hoje, não foi o caso. Estou com coisas demais na cabeça, mil dúvidas, mil questionamentos, algumas certezas e algum receio também.
Depois do almoço, fui à primeira aula. Continuei com a cabeça nas nuvens e não prestei a mínima atenção na aula. Não lembro sequer o que o professor disse hoje. Me pesa a consciência às vezes, estar pensando em outros problemas enquanto tem uma aula acontecendo. Mas tem dias que não adianta forçar, não tem como se esquivar de pensamentos que vêm e, inevitavelmente, roubam toda minha atenção. E foi por esse motivo que decidi não ir à última aula (não me julguem!! rs). Não conseguiria prestar atenção e já estava me sentindo mal presa ali. A parte ruim é que ainda não sei quem será o novo professor.
Vim aqui pra casa, li uns emails, mandei outros, li o que tinha que ler, pesquisei o que tinha que pesquisar. Me acalmei um pouco. Depois vi que a tia chata que é a inspetora aqui do alô tinha chegado com umas compras. Decidi descer com a Irina pra ajudar a carregar, já que estava sem fazer nada mesmo. Subimos com tudo e ela me convidou pra ir com ela ao supermercado. Foi uma ótima coisa, pois, além de tomar um ar e passear um pouco, descobri onde fica esse supermercado (mais uma opção), e comprei também pilhas, que estava precisando. Conversei bastante com a Irina na volta, ela me contou o que pensam os espanhóis dos pedintes de rua, me perguntou sobre as impressões que estou tendo... foi bem interessante. Na volta, fiquei conversando com as meninas até a hora do jantar. Elas me mostraram umas coisas que compraram hoje e me contaram dos novos moradores. Eu só conheci o americano, James, senhorzinho, porque a oriental não apareceu. O Ryan, que é americano, foi aos EUA pro casamento do irmão e voltou ontem, ele parece bem simpático. Me disseram que a oriental (que não sei se é chinesa ou coreana) é doidona. Não fala nada de espanhol e só um pouco de inglês. Além disso, parece ser uma louca desesperada que não sabe qual é o seu quarto, apesar de na chave ter o número dele gravado.
No mais, é isso. Hoje vou tentar dormir mais cedo porque estou um pouco cansada. Antes, porém, vamos nos encontrar com a Lucie, a Kristina e o dino na esquina. Aqui é muito comum sentar nessas 'terrazas' só pra conversar. Eu, Ana e Carol ainda não fomos, mas vamos. O Ryan eu não sei se vai, nem a Irina. Mas os três senhorzinhos eu imagino que devam ficar em casa. Robert, inglês mala sem alça de uns 60 anos, James, americano de uns 70 anos e o Piere, o francês foooofo de 87 anos... acho que não é muito a praia deles sair pra papear na esquina.
Ah, e hoje o telefone me comeu 1 euro! Ódio! rs
Fico por aqui. A segunda-feira, o dia mais difícil da semana, tá quase no fim! Viva!
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