Contagem Regressiva...

sábado, 14 de maio de 2011

VIAGEM DENTRO DA VIAGEM...

Toledo é uma cidade linda, que me fez muito bem!

Hoje acordei cedo e lá pelas 10h30 saí com as meninas para irmos a Toledo. Pegamos o metrô e fomos até uma estação onde funciona a empresa de trem. Compramos nossas passagens e ficamos esperando, já que nossa ida seria só às 12h20. Enquanto isso, fomos até umas barraquinhas que vendem coisinhas e acabei comprando óculos escuros que, apesar de baratos, são bonitos e me pareceram resistentes (e que me salvaram, porque o sol em Toledo estava insuportável). [Todos sabem que não compro óculos escuros originais porque não tenho cuidado, perco, quebro, uso umas 3 vezes ao ano e realmente não gosto. Por isso só compro falseta mesmo e tenho dito.] Depois fomos ver umas lojas bonitonas, mas eram extremamente caras, então me controlei e não comprei nadinha! Vimos um quiosque de informações turísticas e fomos até lá. Peguei centenas de flyers, eu adoro isso! Já vi muitos eventos que quero ir: shows, festivais, exposições, musicais, teatros e o escambau. Inclusive comprei uns cartões postais, mas ainda estou controlada. Ah, e uns selos também, pra enviar um ou outro (o resto é só meu!!!).

Quando deu a hora, embarcamos no trem. Por fora é super moderninho, aerodinâmico e tudo mais. Por dentro, é mais confortável que avião. É um trem rápido, mas não como o trem bala. Imagino que vá a uns 200km/h, pois fizemos (na ida e na volta) 90 km em 25 minutos! Na ida, fui sentada com a Carol enquanto a Ana foi em outro vagão. Atrás da gente tinha uma brasileira que conversava em um espanhol perfeito com uma espanhola. Fiquei ouvindo a conversa e acabei pegando no sono. Chegando em Toledo, ao sair do trem, foi um choque de realidade. Estava extremamente quente (34 graus, mais precisamente) e com um sol intenso (por isso a valia dos óculos recém-comprados). Parei numa loja de souvenir, comprei um mapa legal e não resisti e comprei só mais três cartões postais. rs. Resolvemos subir até a cidade antiga de ônibus especial, pois era impraticável ir à pé, ainda mais desconhecendo o caminho.

O ônibus nos deixou perto do Alcázar, que até agora não sei o que é. É uma construção enorme e que hoje, acho, abriga uma biblioteca. Tiramos foto com umas estátuas pequenas de Dom Quixote e de Sancho Pança. Eu amo esses dois de uma forma... Além de amar a história, escrita por Cervantes, me identifico com vários traços da personalidade dos dois personagens, por isso me encantam tanto! Descemos por uma escadinha e chegamos numa espécie de mirante [adoro mirantes], que dava vista pro rio e pra Infantaria. O panorama era maravilhoso e tiramos muitas fotos. Ali é mais ou menos o sudeste da cidade. Saindo de lá, passamos pela Iglesia de San Miguel e logo nos embrenhamos pelas ruelas. Passamos pela Plaza de San Justo, pelo Teatro de Rojas, na Plaza Mayor e logo chegamos à Catedral, o principal ponto turístico. Primeiro fomos por trás, entramos um pouco e eu fiquei deslumbrada. Maravilhosa, suntuosa e gigantesca. Igreja mais linda que eu já visitei. Dei uma rezada básica e fiz meus três pedidos de direito (todos tem esse direito quando entram pela primeira vez em uma igreja). [Há anos – desde que me lembro – os dois primeiros pedidos são os mesmos, com pouquíssimas adaptações, e o terceiro sempre varia. Desta vez foi muito fácil saber o que pedir em terceiro lugar.] Depois que saímos, fomos passando pela lateral e vimos uma cantina que vendia “Limón Granizado”. Além de amar limão e ser muito curiosa, estava morta de sede, e acabei pedindo. É um frozen, sem álcool, delicioso! Perfeito! [É fatal! AMO tudo de limão!] Estava ótimo! Logo chegamos à Plaza Del Ayuntamiento, onde estão também o Palácio Arzobispal e a fachada frontal da Catedral. Enorme e belíssima! Depois de tirarmos mil fotos, subimos por uma ruazinha e chegamos a um largo. Decidimos almoçar.

Paramos num restaurante e pedimos a comida. Era até boa, mas mais parecia um PF! rs. De sobremesa, acabei comendo um sorvete de amendoim que adoçou meu dia inteiro! Hahaha Depois, andando mais, vimos uma família (pai, mãe, filhinho e filhinha, os dois últimos muito novinhos, de uns 3 ou 4 anos). O menino estava dando um chilique tremendo por causa de um pacote de Cheetos. O pai, irritado, chutou o pacote e acabou espalhando o conteúdo todo pela rua. Fiquei chocada. Se depender do exemplo do pai, as crianças serão dois delinqüentes. Chegamos à Plaza Padre Juán de Mariana, em que estão o Museu Visigótico/Iglesia de San Roman/San Pedro Mártir, onde nem chegamos a entrar, e também a Igreja de San Ildefonso. Tirei muitas fotos, porque achei extremamente bonita, mas também não entramos pois o tempo estava curto. Assumi o mapa e fomos contornando umas ruas. Paramos numa birosquinha e compramos água. Chegamos então ao Monasterio de San Juán de los Reyes. Lá estava prestes a acontecer um casamento, então nos sentamos em uma escadaria e ficamos assistindo à chegada da noiva. As pessoas se vestem de forma muito esquisita. Umas parecem estar indo à festa do Oscar, outros a um churrasco. Há também aquelas que colocam primaveras, a la Lady Gaga, no cabelo. Depois que a noiva entrou, saímos e descemos, finalmente, à ponte da cidade (Puente de San Martín), que é espetacular. A vista é maravilhosa e a ponte em si é realmente muito bonita. Tiramos muitas fotos, mas só pela câmera da Ana. Atravessamos a ponte, entre uma pose e outra, e fomos a uma loja de presentes. Comprei alguns (além dos que já havia comprado depois do almoço, perto do restaurante).

Para voltar, andamos por quase meia hora na beira da rodovia para chegar ao centro da cidade nova. Lá preferimos pegar um táxi, embora ainda houvesse tempo pra chegarmos à pé (estava relativamente perto), porque a chuva estava ameaçando chegar. E não deu outra: assim que chegamos à estação, a chuva caiu muito forte. Quando deu a hora, entramos no trem e viemos embora. Da última vez que olhei o termômetro, em Toledo, estava 14 graus. 20 graus de diferença num dia não é nada fácil. Além de que, quando chegamos, estava seco e árido e na volta, extremamente chuvoso. Voltei ao lado de uma brasileira tagarela que não parava de falar com seus amigos espanhóis. (Os brasileiros vão dominar o mundo, eles estão, aos montes, em todos os lugares.)

Chegamos, depois de mais 2 linhas de metrô e jantamos. Chegamos bem na hora. Agora, cá estou, editando e legendando fotos, escrevendo muito e pensando, pensando, pensando. Conjecturando, supondo, fazendo hipóteses e planos. Sempre!

O dia foi especial e a cabeça esteve longe, como sempre. Mas, para variar, tudo esteve extremamente doce. [Exceto o limão, que estava deliciosamente azedo.]

Boa noite!

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