Contagem Regressiva...

sábado, 16 de julho de 2011

ELES CHEGARAM!!!

E trouxeram pra mim uma alegria que eu jamais poderia ter esquecido. A alegria de saber que não há nada nem ninguém no mundo que se compare a estar com a família. Só a família e mais nada.

De ontem pra hoje eu literalmente não dormi. Nem tentei. Afinal, ansiosa do jeito que estava, seria impossível. Então me dediquei à noite a fazer coisas que eu gosto aqui em Madrid, coisas que faço sozinha, no quarto, mas que me abrem um mundo. E assim passei uma noite incrível e consegui enganar o coração até a hora de buscá-los no aeroporto. Deu a hora. Nove e meia e me levantei e saí. Passei na Nebraska, comprei um sanduíche e fui comendo pelo caminho. Não aguentava mais a possibilidade de ficar mais um minuto parada. Então peguei o metrô e, depois de longos quarenta minutos, cheguei ao aeroporto. O voo deles não tardou a chegar, mas a demora pra sair foi enorme. Isso por culpa da imigração e de pegar as malas, além de atravessar aquele terminal gigantesco. Eu, há mais de uma hora em pé, olhando para a porta por onde eles sairiam. Me sobressaltava a cada vez que a porta abria e não era quem eu esperava. E como não poderia ser diferente, foi na hora em que me descuidei que eles chegaram. Estava olhando pro lado e, quando virei pra frente, vi os quatro. Minha mãe já aos prantos, meu pai com a cara de ansiedade dele que eu tanto conheço (será que é a mesma que eu tenho?) e meus irmãos, obviamente, brigando. Minha irmã já chorando e meu irmão fazendo gracinhas pra mim. Não tinha como ser diferente. O primeiro abraço foi um dos momentos que eu mais desejei na vida e muito cheio de carinho e de certezas. Uma delas é que ficar longe tem suas vantagens, mas, em termos sentimentais, é ruim demais.
Recepcionados, pegamos o transfer e deixamos as malas aqui no hotel. Depois, com exceção do meu irmão, fomos ao meu alojamento, pegar todas as minhas coisas. Aqui leia-se: duas malas gigantes, uma mala pequena, uma mochila e três sacolas cheias de coisas, além da minha bolsa. Mas, com tanta gente amada disposta a me ajudar, nada foi um problema. Deixar o meu quartinho, que foi meu lar particular por três meses, não foi nada fácil. Vivi muita coisa sem sair dali. Foi ali que escrevi, li, desenhei, pensei, repensei, tive momentos difíceis, fáceis, uns de dúvidas e outros de medo. Mas, dentro do meu cubículo, pude me acertar sozinha, o que me fez crescer muito. Despedir-me da Irina também foi muito difícil. Me segurei pra não chorar. Afinal, ela foi um porto seguro durante todo o tempo em que estive ali. Despedi, despedi e não olhei pra trás pra não chorar. Mas entramos no táxi pra voltar ao hotel e logo estava feliz novamente.
Chegamos, ajeitamos algumas coisas e saímos pra almoçar. Quer dizer, ninguém queria almoçar de fato, então fiz questão de levá-los para conhecerem o "100 Montaditos", afinal, é um lugar que eu adoro. Fiz com que experimentassem a "clara" (cerveja com sprite) e o "tinto de verano" (vinho com sprite). Aprovaram. Comeram (e adoraram) também vários tipos de montaditos. Eu tinha tanta coisa na cabeça que não consegui nem tentar comer. Estava muito ocupada digerindo aquele momento que eu sonhei por meses.
Saímos de lá e eu os convenci a andar bastante, ao invés de conhecer tudo através da visão do ônibus turístico. Pra resumir mal e porcamente, andamos por mais de três horas e vimos quase tudo que é atração pública daqui. (Praças de Espanha, Cibeles, Netuno, Plaza Mayor, Puerta del Sol, Palácio Real, Catedral, Jardins de Sabatine, Praça do Oriente, Callao, Gran Via, Calle Princesa e muito mais.) Isso, claro, sem dispensar, no final, a volta com o ônibus pra rever tudo e localizar-los melhor. Todo mundo pareceu gostar muito e eu amei poder contar o que já sei, rever lugares que adoro e ver outros pela primeira vez. Também fizemos o tour que mostra a parte moderna de Madrid, e isso inclui as grandes torres que estão por toda parte, o Estádio Santiago Bernabéu e muito mais.
Ao cair da tarde, viemos pro hotel, tomamos banho, eu tirei uma sonequinha, e saímos pra jantar. Comemos em um restaurante lindo e delicioso aqui do lado. Comi tanto, inclusive, que pretendo ficar mais um tempo acordada pra não passar mal. O único problema é que amanhã a programação começa super cedo. Estou adorando ser guia turística!
Estou doida pra terminar de curar as saudades que sinto. Falta muito pouco pra eu voltar, gente! Me esperem!

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